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31/03/2012

COMBATENDO A DENGUE COM BORRA DE CAFÉ

A bióloga Alessandra Laranja, do Instituto de Biociências da UNESP (campus de São José do Rio Preto), durante a pesquisa da sua dissertação de mestrado :"O efeito da cafeína e da borra de café em Aedes aegypti", descobriu que a borra de café produz um efeito que bloqueia a postura e o desenvolvimento dos ovos do Aedes aegypti. O processo é extremamente simples: o mosquito pode ser combatido colocando-se borra de café nos pratinhos de coleta de água dos vasos, no prato dos xaxins, dentro das folhas das bromélias, e a borra de café, que é produzida todos os dias em praticamente todas as casas tem custo zero. "Quanto maior a concentração de cafeína, mais precoce é o bloqueio", explica a bióloga.
Da mesma forma, a borra de café também mostrou sua eficácia: duas colheres de chá de borra diluídas em meio copo de água impedem o crescimento do mosquito já na segunda fase do ciclo. O único trabalho é o de colocá-la nas plantas, inclusive sendo jogada sobre o solo do jardim e quintal. Os especialistas em saúde pública, entre eles médicos sanitaristas, estão saudando a descoberta de Alessandra, uma vez que, além da ameaça da Dengue 3, possível de acontecer devido às fortes enxurradas de final de ano, surge outra ameaça, proveniente do exterior: a da Dengue tipo 4.
Conforme explica a bióloga, 500 microgramas de cafeína da borra de café por mililitro de água bloqueia o desenvolvimento da larva no segundo de seus quatro estágios e reduz o tempo de vida dos mosquitos adultos. Em seu estudo ela demonstrou que a cafeína da borra de café altera as enzimas esterases, responsáveis por processos fisiológicos fundamentais como o metabolismo hormonal e da reprodução, podendo ser essa a causa dos efeitos verificados sobre a larva e o inseto adulto. A solução com cafeína pode ser feita com duas colheres de sopa de borra de café para cada meio copo de água, o que facilita o uso pela população de baixa renda e pode ser aplicada em pratos que ficam sob vasos com plantas, dentro de bromélias e sobre a terra dos vasos, jardins e hortas. O mosquito se desenvolve até mesmo na película fina de água que às vezes se forma sobre a terra endurecida dos jardins e hortas, também na água dos ralos e de outros recipientes com água parada (pneus,garrafas, latas, caixas d'água etc.).

Vocês sabem porque isso não foi divulgado até agora?
As prefeituras arrecadam todos os anos, uma polpuda verba extra por conta dos mosquitinhos... Concluimos que: ...eles não acham vantajoso acabar com eles.

“Quem denuncia salva”

...Juntos somos mais fortes...

Texto técnico enviado por : Luciana Rocha Antunes
Bióloga Especialista em Gestão Ambiental



1 comentários:

  • Flor says:
    31/3/12 12:40

    Minha mãe já usava para evitar bichos na caixa de gordura... Não tinha o conhecimento científico, mas sabia que retirava o odor e não proliferava larvas...
    Vou criar esse novo hábito. Detesto colocar veneno em plantas.

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